sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Telemovel



Não há duvida que o telemóvel é bem precioso, em variadíssimos aspectos, as mães podem saber dos filhos a qualquer momento, amigos podem combinar os locais de encontro sem sair do sitio em que estão, executivos podem exercer funções e dar instruções de qualquer parte do mundo, enfim, nunca mais parava de descrever as vantagens práticas do telemóvel.
A questão que eu coloco é se a dependência humana psicológica de que já somos vitimas e de certeza que vai passar ás gerações vindouras, será realmente saudável. As próximas gerações, provavelmente, “já nascem com o telemóvel ao lado”, começando este a pertencer ao conjunto de bens essenciais.
Por sua vez o consumismo, também se aproveita e ajuda a incutir esta dependência, promovendo-a, sempre com novas invenções, atributos, serviços, slogans como “Não fique para traz”, “encontre um objectivo”, que nos transmite o sentimento de perca, de “falta daquilo que nos querem vender”, sempre mais caro, sendo postos de parte todos aqueles mais simples e que já não interessa vender…
A minha opinião é a de que a grande utilidade de um telem., reside na possibilidade de se falar em tempo real com quem quer que seja, o que vendo bem as contas custaria apenas 5 Euros. Como apenas se promove o caro, o lucro, a maioria das pessoa acaba por comprar um telemóvel com dezenas de funções que não vão usar, ou então apenas usam porque “já que lá estão”. Isto denuncia um factor mais grave nesta dependência, o de sermos tão facilmente manipuláveis por todo este consumismo desmedido que explorando as nossas inúmeras carências, nos ilude com satisfações oferecidas mas muito bem pagas.
Tendo em conta que há telemóveis tão caros como alguns portáteis, preferia gastar esse dinheiro no portátil, visto que serve para muito mais no campo da comunicação, e tantas outras áreas.
Deste texto podemos concluir que na minha opinião, pondo de parte os ditos “hiperconectados“, entusiastas e fanáticos das novas tecnologias (que esses até consigo compreender que queiram ter todas as novidades), todos deveriam cingir-se ao que realmente precisam Falar = Telemóvel (simples sem nada mais que Micro e Ausc.).
Fim

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Festa do avante


A Festa do avante deveria ser uma festa do povo, para a "comunidade", que defendê-se aqueles valores talvez um pouco utópicos, tudo bem, mas imagináveis pelo menos. A Justiça nas igualdades e partilhas, a oposição ao mecanicismo social, ao consumismo brutal que se apodera de tudo o que é negociável.
Independentemente de haver espectáculos e entretenimento livres, não se pôde deixar de verificar que por todo o lado, a "moeda", o "Euro", estava presente como objectivo máximo deste evento. A grande diferença das festas actuais para as antigas está na vontade geral e cada vez mais acentuada de obtenção de lucro.
18 Euros para entrar e ficar apenas um dia é simplesmente vergonhoso para uma organização que se vangloria dos mais nobres ideais completamente opostos a este tipo de politica.
Será que até nisto o capitalismo já se inseriu?? A corrupção monetária já aqui chegou??
Mais valia colocarem lá uma MC. Donalds, e assim comia e ainda poupava.

Toiradas



Animations - angry barbarian
Actualmente é bastante evidente a quantidade de opiniões favoráveis e desfavoráveis relativas à existência de toiradas e julgo que a principal polémica consta em torno da violência, do sofrimento e do sangue nestas envolvidas assim como na satisfação obtida dos presentes na plateia.
Quanto a mim, sou da mesma opinião dos que apesar de aceitar a toirada, a criticam nas suas formas sangrentas, isto é, manteriam todos os exercícios não sangrentos como as pegas de caras e substituiriam as mais sangrentas como os espetos e as mortes dos toiros, por outras menos cruéis.
Contudo os mais aficionados defendem que assim sendo “já não seria uma toirada”.
Por exemplo, quando dizem que a toirada é um negócio como outro qualquer pode acontecer que outros “negócios” piores reivindiquem o mesmo direito tais como o tráfego de órgãos, armas ou drogas. É certo que origina muitos empregos, movimenta dinheiro e proporciona a justificação para o treino e existência de toureiros e cavalos, no entanto, creio que se outros valores não tidos em conta, esta será uma prova existêncial da barbaridade e selvajaria na natureza Humana.
A satisfação obtida na observação de torturas, morte e sofrimento de qualquer ser vivo por divertimento ou entertenimento, é mórbida assim como um sentimento retrogado e primário na evolução humana.
O gosto pela crueldade e violência gratuitas deveria ser satisfeito apenas entre aqueles que as promovem, ou seja, os seus apologistas deveriam ser os únicos intervenientes deixando de parte todos os que são contra e os que nem se podem manifestar.
Por último, aos que tão orgulhosamente chamam de “matador” ao corajoso toureiro que matou um toiro, parece-me que em primeiro lugar, o embolimento dos chifres, depois, o apetrechamento do toureiro com lanças espadas, cavalos e finalmente o cansaço causado prévia e premeditadamente ao toiro revogam qualquer mérito de coragem.
A tradição a ser mantida tanto pode significar uma evolução como retrocesso. Pessoalmente penso que esta não passa de uma barabaridade semelhante a algumas cometidas por várias civilizações anteriores que tanto foram e são condenadas.Nas toiradas torço SEMPRE pelo toiro.